Newsletter #037 - 21/02/2021

 Newsletter publicada originalmente no dia 21/02/2021. Para recebê-la no dia certo, na sua caixa de e-mail, inscreva-se no link abaixo


Olá a todas e todos

 

Muito obrigado por se inscreverem, lerem e acompanharem a nossa newsletter semanal. Essa é a Newsletter #037

 

Se quiserem passar para os amigos, o link para preenchimento do formulário de inscrição é: https://forms.gle/bQLz561Y2kqUfnhdA. As Newsletters anteriores estão no site da ECD (www.ecdambiental.com.br).

 

Essa semana tivemos 4 novos inscritos aqui. Somos em 262 agora!!!!! Sejam bem-vindos: Luiz, Andressa, Manoel e Giovana!!!!

 

Como vocês já sabem, temos uma campanha no Apoia.Se para mantermos os nossos canais de divulgação científica gratuitos sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), ciências, meio ambiente, economia e a vida em geral, com dicas, novidades, comentários, e muito mais, semanalmente nessa Newsletter e no Podcast e também no Facebook, Instagram, Telegram e Youtube. A campanha, para quem quiser contribuir está no site http://apoia.se/ecdambiental

 

Agradeço demais aos 31 apoiadores atuais, principais responsáveis pela manutenção dos nossos canais de divulgação, sem a ajuda deles, talvez não fosse possível dedicar todo esse tempo ao podcast e à essa Newsletter. Muito obrigado a vocês!!!

 

Ábila de Moraes, Allan Umberto, Atila Pessoa, Bruno Bezerra, Calvin Iost, Cristina Maluf, Denise Oliveira, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Felipe Nareta, Filipe Ferreira, Heraldo Giacheti, João Paulo Dantas, Juliana Mantovani, Larissa Galdeano, Larissa Macedo, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luciana Vaz, Roberto Costa, Rodrigo Alves, Sergio Rocha, Tamara Quinteiro, Tatiana Sitolini, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 3 apoiadores anônimos.

 

O sétimo episódio da 2ª temporada do Podcast Áreas Contaminadas (#043) foi ao ar na última quinta (18/02), e nele conversei com três mulheres especiais, dignas representantes da Nova Geração do GAC (título do episódio): a quase-engenheira Ana Júlia Lemes, a futura Geóloga Fernanda Souto Barreto e a engenheira ambiental Maria Chade, as duas primeiras estagiárias e a Maria analista ambiental, todas da Arcadis.

 

Foi uma conversa muito legal, falamos do mercado de GAC para os iniciantes, da importância da orientação e mentoria adequada para os estagiários, da importância dos estagiários para o GAC e da importância do estágio como maior e melhor porta de entrada para os profissionais desse mercado. Elas deram dicas excelentes e passaram suas impressões, sonhos e previsões para o GAC, meio ambiente e para as próprias vidas. Apesar de curta, a trajetória delas é muito interessante e são histórias que merecem ser ouvidas.

Ana Júlia Lemes: https://www.linkedin.com/in/ana-j%C3%BAlia-luz-giacometti-lemes-994827141/

Fernanda Souto Barreto: https://www.linkedin.com/in/soutofernanda/

Maria Chade: https://www.linkedin.com/in/maria-cristina-franceschini-chade-77430b1a2/

 

Durante o episódio, falamos de alguns temas que eu gostaria de reforçar aqui na Newsletter:

O primeiro é que às vezes, relendo as Newsletters e ouvindo os podcasts, me sinto um pouco um “anti-coach”, apontando algumas dificuldades e questionando alguns “dogmas” enraizados no nosso mercado, mas acredito que esse é o meu papel, fazer as pessoas refletirem e questionarem sempre, não importa o quanto aquele dogma esteja impregnado.

Além disso, estou longe de querer desestimular as pessoas a seguirem pelo caminho do GAC, muito pelo contrário. Acho uma área fascinante, desafiadora e com muitas oportunidades para fazermos a diferença e lutar por um mundo mais justo. Convido a todos os que estão lendo e pretendem iniciar na área que venham!!!!

Algumas dicas para quem vai entrar: é muito importante você conseguir um estágio na área. Isso vai te dar uma visão sobre o nosso segmento de trabalho e um panorama geral de como é o dia a dia. Além disso, é um handicap importante e uma “estrela no currículo”.

Nosso mercado está contratando bastante nesse momento (além das vagas divulgadas abertamente, sabemos de “vagas ocultas” em muitas consultorias de todos os portes surgindo a todo momento), mas normalmente a exigência é que a pessoa tenha experiência na área, então, conseguir essa experiência é algo interessante.

Outras dicas: você tem que ser versátil, se comunicar bem, conseguir trabalhar em equipe, saber lidar com prazos, pressões, saber escrever, gostar de não ter rotina, de resolver problemas inesperados e, principalmente, gostar de estudar, de aprender e de correr atrás de soluções.

 

Semana que vem, o 44º episódio, que irá ao ar no dia 25/02, eu mostrarei uma conversa muito legal com Felipe Nareta. Felipe (ou Nareta, como ele comumente é chamado) é Engenheiro Químico e atualmente é um dos sócios da Safe7 Consultoria Ambiental, mas, até o início de fevereiro, ele era do Instituto Água e Terra do Paraná, que é o órgão estadual que, entre outras atribuições, avalia os trabalhos relacionados com o GAC. Nossa conversa no episódio perpassa o passado no órgão ambiental e o futuro na consultoria, com as particularidades do estado do Paraná. Falamos também, é claro, da trajetória dele, da importância do Engenheiro Químico para o GAC, da importância do órgão ambiental para um meio ambiente equilibrado e suas interrelações com o GAC, das principais falhas dos atores do mercado e de futebol. Enquanto esperam o episódio, conheçam um pouco mais do Felipe:

Perfil no Linkedin: https://www.linkedin.com/in/felipe-naretaeq/

Perfil da SEFE7 no Instagram: https://www.instagram.com/safe7consultoria/

Instituto Água e Terra do Paraná: http://www.iat.pr.gov.br/

SEDEST 003/2020, que regulamenta o Licenciamento de Algumas atividades no PR: https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=389236

 

Essa semana (sábado, 20/02), retornamos às aulas dos cursos de Pós-Graduação do SENAC com as turmas em andamento (RAC-07 e GAC-20). Tivemos aulas fantásticas de Projetos de Engenharia aplicados à Remediação, com o Professor Afrânio Pessoa (Kazz Ambiental), Legislação Aplicada ao GAC, com o Professor Tasso Cipriano (Felsberg Advogados) e Metodologia do GAC, com Rodrigo Cunha (dispensa apresentações).

Agora temos a última chance de inscrição no Processo Seletivo da Turma 08 para o Curso de Pós-Graduação em Remediação de Áreas Contaminadas nessa semana. Como já comentei aqui, o curso terá duração de 1 ano, com aulas online às terças à noite e presenciais (quando a pandemia deixar) aos sábados o dia todo. Quem tiver interesse, corra e faça a inscrição no Processo Seletivo, somente essa semana: https://www.sp.senac.br/jsp/default.jsp?newsID=DYNAMIC,oracle.br.dataservers.CourseDataServer,selectCourse2&course=20428&template=1678.dwt&unit=NONE&testeira=724&loc=1

Como novidade, existe a possibilidade de alguém se inscrever em uma disciplina avulsa desse curso que é Plano de Intervenção em Sistemas de Remediação, com 32 horas, totalmente online com aulas às terças à noite, entre 23/03 e 11/05. Essa informação não está clara no site, quem tiver interesse, escreva para possantoamaro@sp.senac.br

 

Semana passada eu trouxe a notícia que em Roraima, o governador tinha liberado o garimpo em terras indígenas e mais, tinha liberado o uso do mercúrio como metodologia de mineração de ouro. Fui dar uma breve pesquisada sobre o tema e vou compartilhar alguns achados com vocês.

A primeira pergunta é por que se usa mercúrio na exploração do ouro? Esse artigo é particularmente muito bom para explicar o processo (https://www.oeco.org.br/reportagens/26988-porque-o-mercurio-e-usado-na-mineracao-de-ouro/).

Basicamente, o mercúrio tem uma característica muito importante, a de criar amálgamas com outros metais, devido à sua altíssima densidade e tensão superficial (é um metal em estado líquido nas CNTPs). Amálgama é uma liga metálica, ou seja, o mercúrio se liga ao ouro no garimpo, deixando de lado os “rejeitos”, como os outros minerais. Além de se ligar ao ouro, esse amálgama fica mais denso e de deposita no fundo do instrumento do garimpo (mais informações sobre amálgama aqui: https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A1lgama_(qu%C3%ADmica)). Após a formação do amálgama, como o mercúrio é volátil (não é orgânico, mas é volátil, imagine um metal volátil), esse amálgama é aquecido e fica somente o ouro. Em áreas de garimpo, a concentração desse metal no ar aumentou 3 vezes.

Esse processo não vem de hoje. Nas famosas minas de Potosí, na Bolívia, o mercúrio era usado às toneladas. A cidade foi fundada no altiplano boliviano em 1546 pelos espanhóis, que estavam atrás das lendárias minas de prata da região. Os indígenas foram escravizados para trabalhar nas minas, em imensas escadas e trabalhando todos os dias o dia inteiro usando mercúrio, um dos insumos mais importantes da época, que vinha de minas (imaginem uma mina de mercúrio) do Peru. Essa história pode ser vista de modo básico aqui (https://pt.wikipedia.org/wiki/Potos%C3%AD) e um pouco mais aprofundado aqui (https://apublica.org/2013/07/diario-nas-entranhas-de-potosi-morte-vem-aos-40/). A cidade de Potosi, no seu auge, no século XVII, chegou a ter 1 milhão de habitantes, maior que Sevilha, a cidade mais importante da Espanha na época. Em 120 anos, a população indígena caiu 90% na região de Potosí, também por culpa do mercúrio.

Relatos apontam que os indígenas, com as pernas desprotegidas, mergulhavam nas piscinas de mercúrio para fazer o amálgama e isso causou a morte e doença de centenas de milhares de escravizados.

O retorno do mercúrio como metodologia para extrair os metais é, em pleno século XXI, um convite ao genocídio e a um impacto ambiental de enormes proporções.

Da perspectiva ambiental, os invasores espanhóis ficavam com as riquezas e deixavam o enorme passivo ambiental nas áreas de mineração para os locais até hoje lidarem com essa externalização. Em tempos mais modernos, são as grandes corporações que, guardadas as devidas proporções, fazem algo parecido, ao utilizar trabalhadores locais (não escravizados, ainda bem), levarem a riqueza e deixarem os passivos externalizados. A sociedade moderna deve utilizar freios e contrapesos para pelo menos minimizar essa externalização a níveis que não causem risco à saúde humana e aos ecossistemas.

 

Falando de coisas um pouco mais agradáveis, essa próxima semana vamos encerrar o curso online sobre LNAPL. Está sendo um enorme aprendizado para todos nós que estamos envolvidos com esse curso. Em breve trarei mais notícias para vocês, mas acredito que pelo menos uma informação muito legal eu já posso adiantar. O entendimento está realmente mudando e a métrica para as tomadas de decisão sobre intervenção em área contaminada com LNAPL vai deixar de se basear na espessura aparente do LNAPL no poço de monitoramento para a recuperabilidade desse LNAPL e sua capacidade de realizar aporte de massa e gerar risco para receptores em cenários de ingestão de água e inalação de vapores em ambientes fechados. Nos casos em que está provado que não há esses riscos e que a recuperabilidade do LNAPL é baixa, pode-se recorrer à Atenuação Natural da Área Fonte, ou NSZD (obviamente, também deve ser estudada e comprovada). Dois artigos muito importantes sobre isso:

Gatsios et al. Falando sobre a transmissividade como métrica (dica de Atila Pessoa) https://drive.google.com/file/d/1zOKOQkVRkAiS3RCwBWeW9zxnCxsrW5Sy/view?usp=sharing

Base do ITRC sobre NSZD: https://lnapl-3.itrcweb.org/appendix-b-natural-source-zone-depletion-nszd-appendix/

 

Vamos agora às notícias da semana:

 

- Recebi mais vagas de emprego: Na CPEA (Analista para Investigação e Remediação), na Biovert (área comercial contato@biovertambiental.com.br), Arcadis (Analista de RH e T&D), Nickol (geoprocessamento, banco de dados, QGIS mondin@nickol-brasil.com.br) , Hidroplan (Técnico de Campo PJ para Santo André e Guarulhos), A2J (estágio, olha aí!!!). Soube de outras vagas em muitas outras consultorias, se você é um profissional da área, recomendo que entre no site da AESAS e entre em contato diretamente com as empresas associadas (www.aesas.com.br). As vagas que recebo ou vejo compartilho imediatamente no nosso Canal do Telegram (https://t.me/areascontaminadas)

 

- Falando em Canais do Telegram, recomendo dois muito interessantes para a nossa área. O da Denise Oliveira, que mostra e indica materiais do dia a dia das Consultorias e o do Professor Francisco Rodrigues que trata da Ciência de Dados Complexos:

- https://t.me/consultoriaambientaleseguranca

- https://t.me/cdcomplexos

 

- Nesse canal do Professor Francisco Rodrigues, foi disponibilizado um arquivo muito legal, sobre as origens do método de Monte Carlo, a base para a nossa Avaliação de Risco à Saúde Humana: https://t.me/cdcomplexos/203

 

- Como exemplo da aplicação de Monte Carlo na ARSH, temos os seguintes excelente documentos, recomendo muito fortemente para todas e todos que trabalham com essa etapa do GAC:

- https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-15032016-140545/pt-br.php

- https://www.researchgate.net/publication/305306558_Implementacao_do_Metodo_de_Monte_Carlo_em_Avaliacao_de_Risco_Probabilistica_Aplicada_a_Estimativa_do_Risco_por_Contato_Dermal_com_Agua_Superficial_Contaminada_por_Benzeno

- https://www.fundacaorenova.org/wp-content/uploads/2016/10/newfields_peer-review-relatorio-tecnohidro-junho_20190619.pdf

 

- Estão abertas as inscrições para mais um curso da parceria SENAC/AESAS: Biorremediação em Áreas Contaminadas, que terá 24 horas de aulas online ao vivo, entre os dias 08 e 26/03. Mais informações em: https://www.aesas.com.br/eventos

 

- No mesmo link é possível ver as inscrições abertas para o Webinar dessa quarta, 24/02, das 15:00-17:00, sobre Remediação Térmica, online gratuito;

 

- Essa semana, o ITRC publicou um guia sobre 1,4-Dioxano. Ainda não é muito estudado no Brasil, mas imagino que será em breve. É bom vocês "salvarem" mais esse aí: https://14d-1.itrcweb.org/

 

- Bela dica do Diogo Duarte, uma notícia pra lá de assustadora: na Rússia, começaram a aparecer alguns cães azuis. Leiam a notícia e entendam o porquê e também os riscos decorrentes da causa. Um pequeno spoiler: tem tudo a ver com áreas contaminadas: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2021/02/17/cachorros-azuis-sao-vistos-na-russia-e-isso-nao-e-nada-bom.htm

 

- Na semana passada, comentei sobre o livro “Esse Livro NÃO Vai te Deixar Rico”, do Startup da Real. Curiosamente, recebi algumas mensagens falando do tema e do livro. Uma delas foi do Felipe Nareta, indicando dois livros relacionados com esse, e inclusive são livros citados pelo autor como uma das referências. São eles “A Lógica do Cisne Negro” e “o Antifrágil”, ambos do Nassim Nicholas Taleb. Somo a esses o “Arriscando a Própria Pele”, fonte de muitos comentários do Startup da Real e “Iludidos Pelo Acaso”. A outra dica foi da Tamara Quinteiro Dias, que tinha acabado de ler o livro que eu recomendei e indicou para vocês “Sociedade do Cansaço” e “A Agonia de Eros”, ambos do Byung-Chul Han. Segundo a Tamara, e confio 100% na opinião dela, esses livros falam muito sobre nossa sociedade atual, viver a vida de forma exaustiva, produzir o tempo todo, redes sociais, doenças neurais e outras coisas. Recomendo essas leituras!!!!!! E obrigado, Felipe e Tamara, pelas excelentes dicas!!!

 

- Algumas notícias corporativas da nossa área. A Arcadis divulga seus excelentes resultados financeiros para o 4º trimestre/2020 e para o ano de 2020 como um todo. Os resultados são excelentes, com expressivo crescimento no 4T/2020 em relação ao 4T/2019, mesmo em cenário de pandemia global. A OceanPact, controladora da Servmar, estreou oferta pública (IPO) no mercado de capitais. No mesmo caminho, a Orizon (antigamente conhecida como Haztec ou Foxx/Haztec) comemora estrondoso sucesso em seu IPO, movimentando 554 milhões. Na Newsletter #028 eu tinha citado a aquisição da Golder pela WSP. O mundo dos negócios se movimenta muito rapidamente, gerando muitos milhões que mudam de mão, independente do trabalho que é feito. O nosso segmento está aquecido inequivocamente, e isso atrai os “investidores”:

Resultados da Arcadis: https://www.arcadis.com/en/global/news/regulatory-releases/latest-news/2460824/?utm_source=linkedin_global&utm_medium=post_organic&utm_campaign=press_release&utm_content=Q42020

Aquisição da Golder: https://www.golder.com/news/golder-announces-agreement-wsp/

IPO da OceanPact: https://www.linkedin.com/posts/marinapsbrito_a-oceanpact-estreou-sua-oferta-p%C3%BAblica-no-activity-6766269442839130112-Tg8g/

IPO da Orizon: https://www.moneytimes.com.br/ipo-da-orizon-sai-a-r-22-por-acao-movimenta-r-554-milhoes/

Outra notícia da Orizon: https://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-da-orizon-e-da-eletromidia-estreiam-na-b3-confira-o-desempenho-dos-ativos/

 

- A Clean posta no Linkedin um vídeo muito interessante, com Paulo Negrão mostrando o funcionamento do Shake Test, excelente equipamento para auxiliar na varredura de campo em amostras de solo (ou água, mas o ideal é usar em amostras de solo) para identificar a presença de fase líquida imiscível (NAPL), tanto a menos densa que a água (LNAPL) quanto a mais densa que a água (DNAPL). É uma das alternativas que eu recomendo para a investigação de LNAPL: amostragem de solo de perfil completo + técnicas de varredura vertical em campo. Uma dessas técnicas pode ser o Shake Test: https://www.linkedin.com/posts/clean-environment-brasil_shaketest-activity-6767863747852742656-5vr6/

 

- Na semana passada falei de uma notícia sobre um estudo da FMUSP que trata da influência da poluição do ar nos rins das pessoas (https://www.fm.usp.br/fmusp/noticias/estudo-vai-investigar-influencia-da-poluicao-do-ar-na-progressao-de-doenca-renal-cronica-e-no-envelhecimento-dos-rins) Essa semana tive algumas reuniões que me levaram a pensar novamente nessa questão. O nosso trabalho está muito próximo da saúde pública. No entanto, parece que não temos interface nenhuma com os estudos deles. Penso ser muito importante para o nosso mercado e para a sociedade que os nossos estudos estejam amparados nos trabalhos da saúde pública e vice-versa. Recomendo que vocês deem uma olhada nesses links, que falam um pouco do trabalho da Saúde Pública com alguma interface com o GAC:

- Esse é o link mais importante, que mostra que o Centro de Vigilância Sanitária está “de olho” nas áreas contaminadas: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/apresentacao.asp?te_codigo=14

- Belo artigo sobre risco à saúde pública em áreas contaminadas, com o olhar da teoria social: https://www.scielosp.org/article/sausoc/2009.v18n2/312-324/ 

- Em 2020 a Faculdade de Saúde Pública da USP promoveu um seminário que tratava de áreas contaminadas: https://www.fsp.usp.br/site/noticias/mostra/24383

- Programa de Pós na FSP/USP que tem a ver conosco: http://www.fsp.usp.br/pos/programas/ambiente-saude-e-sustentabilidade/

- Site da ATSDR(EUA), muito interessante e trata dessa questão toxicológica e de saúde pública https://www.atsdr.cdc.gov/

 

- Existe, nos EUA, uma associação de profissionais que trabalham com intrusão de vapores. Tem várias questões importantes nessa notícia: a primeira é que, para quem atua nessa área, vale a pena conhecer e eventualmente se associar. A segunda é que, como mercado maduro, existir uma associação assim específica é uma ideia importante para os profissionais do GAC no Brasil. Existe a AESAS como associação de empresas de modo geral, mas não poderia existir uma associação dos laboratórios? Ou das empresas de sondagem? Ou de amostradores de água subterrânea? Ou, quem sabe, resgatar uma ideia do Allan Umberto aqui no Podcast, uma associação dos profissionais do GAC? Vale a pena refletirmos a respeito. https://www.vi-pro.org/  

 

- David Scott, no Linkedin, mostra um produto de sua empresa, que monitora vapores em subslab em tempo real com o desenvolvimento de sensores, tema muito relevante e atual (tanto a intrusão de vapores quanto a telemetria): https://www.linkedin.com/posts/david-scott-b863b316_the-vaportrac-telemetry-team-has-been-working-activity-6766396953841541120-YbUx/

 

- Notícia do Estado de Minnesota: uma atividade mineradora com impacto na água subterrânea, é obrigada a seguir os padrões de potabilidade no gerenciamento do seu passivo ambiental: https://www.duluthnewstribune.com/business/energy-and-mining/6879870-Court-Regulators-were-correct-in-applying-drinking-water-standards-to-groundwater-in-Minntac-permit

 

- Bela dica de Márcio Leão: uma série de livros de geociências para download: https://www.linkedin.com/posts/marcio-le%C3%A3o-ge%C3%B3logo_mega-activity-6765789238987374592-SgNm/

 

- Todos já sabem que a Ford está encerrando as operações no Brasil e, de certa forma, compreendem os impactos econômicos dessa decisão da corporação. O nosso mercado também entende o impacto disso no GAC, pois há a desativação das unidades da Ford e uma redução no faturamento das indústrias fornecedoras da Ford, que são clientes das consultorias, certamente causando impacto no faturamento dessas. Aqui vai uma ótica diferente: a dos trabalhadores diretamente atingidos pela decisão e das vidas impactadas. Vale a pena a leitura: https://www.brasildefato.com.br/2021/02/14/ford-taubate-fabrica-fecha-vida-tenta-seguir-nas-primeiras-semanas-chorei-demais

 

- Pesquisadora fala da mortalidade de milhões de abelhas nos EUA para falar de “contaminantes eternos” ou Forever Chemicals. Os PFAS são considerados Forever Chemicals, mas não só eles. O livro Primavera Silenciosa, da Rachel Carson, já comentado aqui, fala da falta de segurança da indústria química e da indústria em geral, que lança os produtos sem os devidos estudos para avaliar os seus impactos na saúde e no meio ambiente. Assim como o Teflon agora, o DDT, o amianto, a talidomida, e tantos outros que geram impactos severos no planeta. Quantos mais descobriremos ainda? Qual o limite? https://journalstar.com/news/local/chemicals-dont-just-disappear-persistence-by-researchers-residents-uncovers-pesticide-contamination-at-mead-plant/article_8d31dc75-dcdf-5ed5-b263-c4e158b4a11c.html

 

- Essa história ganha o prêmio da mais absurda da semana e entra no rol das piores do ano. Morre de Covid o último (sim, o último) indivíduo Juma, um dos povos originários do Brasil. Como se a morte de uma pessoa por Covid-19 não fosse, por si só uma péssima notícia (infelizmente normalizada nos dias de hoje, com 1000 mortos/dia em média), a extinção do povo Juma é decorrente de um genocídio contínuo, perpetrado, em diferentes momentos históricos, pelos diferentes invasores das terras indígenas. Em 2002, os Juma estavam reduzidos a 5 indivíduos, após o grande massacre de 1964. Leiam a notícia e conheçam um pouco mais dessa triste história: https://coiab.org.br/conteudo/a-devastadora-e-irrepar%C3%A1vel-morte-de-aruk%C3%A1-juma--1613590804505x760394878447255600

 

- Geisa de Mio divulga, em texto do Linkedin, um importantíssimo documento elaborado no WWF (Fórum Econômico Mundial, o famosos Davos). O documento chama The Global Risk Report, muito importante ser lido. Leiam o texto explicativo da Geisa: https://www.linkedin.com/posts/geisa-paganini-de-mio-74846519_wef-worldeconomicforum-globalrisksreport2021-activity-6767849711241183233-1fqM/

 

- Muito interessante esse vídeo de um experimento em laboratório que simula o rompimento de uma barragem. Assistam: https://www.linkedin.com/posts/felipe-ochoa-cornejo_engineering-design-science-ugcPost-6768182173171245056-yJfO/

 

- Fio no Twitter muito legal, que fala de um grande problema de saúde, ambiental e tem tudo a ver com a nossa área: antigas minas e armas químicas enterradas em solo europeu. Como identificar? Como investigar? https://twitter.com/luizacaires3/status/1362569767073288192?s=08

 

- Técnicos representantes do governo Biden não acreditam na palavra do governo brasileiro que estão cuidando adequadamente do meio ambiente, e isso pode ser um problema: https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2021/02/19/tecnicos-de-biden-nao-compram-versao-do-brasil-sobre-esforcos-na-amazonia.htm

 

- Bela matéria da CNBC que fala sobre o Decrescimento. Aponta muitas características teóricas, o que deseja o movimento e quais as implicações. A prioridade é total para o bem estar de todas as pessoas, não no crescimento econômico que privilegia poucos. Nesse aspecto, e em muitos outros, a teoria do Decrescimento, fortemente baseada na Lei da Entropia, se aproxima muito do conceito do Bem Viver, muito bem explicado por Alberto Acosta. Leiam a matéria: https://www.cnbc.com/2021/02/19/degrowth-pushing-social-wellbeing-and-climate-over-economic-growth.html?__source=sharebar|twitter&par=sharebar

 

- Vídeo interessante, da Denise Oliveira, que ensina como usar os mapas para os relatórios de Avaliação Preliminar. Além do como usar, ela indica quais mapas consultar, entre outras dicas legais. https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=eBjmJwwgfqw

 

- Mais um texto interessante da Joyce Cruz no Linkedin, falando de modelos e do uso do Leapfrog no GAC: https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:6764955301159473152/?commentUrn=urn%3Ali%3Acomment%3A(activity%3A6764955301159473152%2C6768103513953234944)

 

- Notícia curiosa diz que atividades agroflorestais geram mais lucro que pastagem e soja na Amazônia. https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Sustentabilidade/noticia/2020/09/agroflorestas-geram-mais-lucro-que-soja-e-gado-na-amazonia.html

 

- Relato impressionante de um acreano sobre a situação socioambiental do AC nesse momento de “inverno amazônico”: https://twitter.com/renato_fmenezes/status/1362988803699441664?s=08

 

 

Amigas e amigos, muito obrigado pela leitura. No Canal do Youtube (youtube.com/c/ecdtraining) estamos com 619 inscritos! No Telegram (https://t.me/areascontaminadas ) temos 250 inscritos e no Instagram já temos 473 Seguidores (@ecdambiental). Espero que estejamos conseguindo ajudar bastante gente!!!!

 

Por hoje é isso. Aguardo os comentários, sugestões e críticas. Mais uma vez peço que acessem o https://apoia.se/ecdambiental para vocês conhecerem melhor a nossa campanha e, se puderem, contribuírem conosco. Se tiverem dúvida, estou à disposição.

  

Se alguém não quiser mais receber as minhas mensagens, é só responder esse e-mail com o texto REMOVER

  

Marcos Tanaka Riyis

ECD Ambiental

https://linktr.ee/ecdtraining




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