Newsletter #032- Publicada em 17/01/2021

 Newsletter publicada dia 17/01/2021. Para receber a Newsletter no dia correto, na sua caixa de e-mail, gratuitamente, inscreva-se (link abaixo)


Olá a todas e todos

 

Muito obrigado por se inscreverem, lerem e acompanharem a nossa newsletter semanal. Essa é a #032

 

Se quiserem passar para os amigos, o link para preenchimento do formulário de inscrição é: https://forms.gle/bQLz561Y2kqUfnhdA. As Newsletters anteriores estão no site da ECD (www.ecdambiental.com.br).

 

Essa semana tivemos 18 novos inscritos aqui!!!! Seja bem-vindos: Felipe, Larissa, Arthur, Judite, Danilo, João, Lucas, Milo, Fernanda, Marlon, Juliana, Aylan, Taciana, Narubia, Janaina, Rafael, Gilberto e Felipe!!!!

 

Como vocês já sabem, temos uma campanha no Apoia.Se para mantermos os nossos canais de divulgação científica gratuitos sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), ciências, meio ambiente e a vida em geral, com dicas, novidades, comentários, e muito mais, semanalmente nessa Newsletter e no Podcast e também no Facebook, Instagram, Telegram e Youtube. A campanha, para quem quiser contribuir está no site http://apoia.se/ecdambiental

 

Essa semana conseguimos mais uma apoiadora, a Juliana Mantovani. Agradeço demais aos 28 apoiadores atuais: Allan Umberto, Atila Pessoa, Calvin Iost, Cristina Maluf, Denise Oliveira, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Felipe Nareta, Filipe Ferreira, Heraldo Giacheti, João Paulo Dantas, Juliana Mantovani, Larissa Galdeano, Larissa Macedo, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luciana Vaz, Roberto Costa, Rodrigo Alves, Sergio Rocha, Tatiana Sitolini, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 3 apoiadores anônimos. Muito obrigado a vocês, que são os principais responsáveis pela manutenção dos nossos canais de divulgação.

 

O segundo episódio da 2ª temporada do Podcast Áreas Contaminadas (#038) foi ao ar na última quinta, e nele eu fiz uma entrevista muito legal com Guilherme Varela. Ele deu uma verdadeira aula sobre investigação de alta resolução, por ser um dos maiores especialistas do Brasil nesse tema. Ele começou a carreira trabalhando com MIP+CPT e UVOST+CPT na Fugro, e só depois migrou para uma consultoria “normal”. Atualmente (já há alguns anos) está na Finkler, consultoria que tem e utiliza muito ferramentas de aquisição de dados em tempo real como MIP, HPT, OIP, que são uma das formas, talvez a mais conhecida, de se fazer investigação de alta resolução. Além disso, falamos sobre remediação, mercado do GAC, carreira, aprendizado de língua estrangeira e guitarra, pra quem não sabe, Guilherme é Músico além de Engenheiro Ambiental. Conheçam um pouco mais do Guilherme:

Linkedin: https://www.linkedin.com/in/guilherme-dainese-varela-0281097a/  

Banda Calihai no Youtube: https://www.youtube.com/channel/UCZWyuDa0O73wohF4eKH6HcA

 

Os episódios podem ser ouvidos nos links abaixo:

Youtube: https://youtu.be/oN4z0PMr0Gw

Spotify: https://open.spotify.com/episode/4NKbGcNZrQJhroE8p6iWgk?si=3JF6j-z6RquoPGhXsip85Q

Site da ECD: http://www.ecdambiental.com.br/2021/01/podcast-areas-contaminadas-episodio-039.html

 

Semana que vem, o episódio #039, que irá ao ar no dia 21/01, será uma sessão de perguntas e respostas, onde responderei a algumas perguntas muito interessantes dos ouvintes. Espero que todos e todas vocês gostem!!!!!

 

Nesse último mês vimos a situação caótica da saúde em geral do povo brasileiro piorar ainda mais. Peço, por favor, que se cuidem. Estou com 4 pessoas próximas com problemas variados de saúde (nenhum com COVID), e pelo menos 2 delas tiveram atendimento prejudicado em decorrência da pandemia, ou seja, a COVID afeta indiretamente muitas pessoas, além das mais de 200 mil famílias dos que perderam a vida diretamente para a doença. Infelizmente 2 pessoas próximas acabaram falecendo durante esse mês, e a pandemia ainda dificultou/inviabilizou o velório. Enfim, do lado de cá seguimos enviando boas vibrações para todos e todas, particularmente a essas 4 pessoas que me são próximas e respeitando a ciência e as recomendações sérias sobre a pandemia. Além da autopreservação, é uma atitude de respeito ao próximo.

 

Antes de comentar os temas da semana, gostaria de ressaltar que estão abertas as inscrições para um curso de extensão de 40 horas, oferecido pelo SENAC e AESAS, sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas por LNAPL, envolvendo investigação e remediação. O curso será realizado às segundas, quintas e sextas pela manhã (4 horas/dia), durante o mês de fevereiro. Os docentes serão as feras: Átila Pessoa, Cesar Malta-Oliveira, Leandro Freitas, Marco Pede, Paulo Lima e Rodrigo Cunha. Eu terei uma pequena participação também. Informações e inscrições aqui: https://www.soldiambiental.com.br/so/46NRp49Nv?languageTag=en#/main

 

Na semana passada, discorri longamente sobre o artigo do Wes McCall e outros, da Geoprobe, que falava sobre o OIP em áreas contaminadas por LNAPL (https://link.springer.com/article/10.1007/s12665-018-7442-2 Hoje vou falar sobre um outro artigo, também muito interessante, também sobre investigação de LNAPL, só que utilizando a ferramenta consagrada para isso, o UVOST, que é um método LIF. Para vocês terem uma ideia, o artigo do Wes comparou o OIP com UVOST como forma de validação do OIP. Os autores desse artigo de hoje são do grupo do LEBAC: Elias Teramoto, Elias Isler, Luciana Polese, Marcus Baessa e Professor Chang. A referência completa é essa:

Teramoto, E. H., Isler, E., Polese, L., Baessa, M. P. M., & Chang, H. K. (2019). LNAPL saturation derived from laser induced fluorescence method. Science of The Total Environment, 683, 762–772. doi:10.1016/j.scitotenv.2019.05.262 

Não vou descrever aqui todo o artigo, vou pinçar algumas coisas que considero mais relevantes no momento: o objetivo do trabalho era mostrar (spoiler: eles conseguiram) que a saturação do LNAPL pode ser obtida indiretamente por meio do ensaio UVOST e que essa saturação está relacionada com a %RE (fluorescência) de modo exponencial, e isso é uma descoberta muito importante, pois, utilizando o ensaio UVOST, é possível estimar a saturação do LNAPL e com isso, tomar melhores decisões sobre recuperabilidade desse LNAPL e, consequentemente, sobre a remediação da área.

Além dessa informação, os autores dizem que o ensaio UVOST é bom para saber a saturação porque se correlaciona bem com amostras de solo. Ao falar da amostragem de solo, os autores dizem que seria o método padrão, porém, seria mais caro fazer as amostragens, por isso, eles estudaram o método indireto (UVOST) para substituir as muitas amostras de solo necessárias. Recomendam também que se façam algumas amostragens de solo para “calibrar” o modelo para aquele site específico e que essa atividade é fundamental entender a geologia.

Dentro dessas conclusões dos autores pinçadas por mim, eu gostaria de tirar minhas próprias conclusões: se uma boa amostragem de solo é necessária até para validar o ensaio, obviamente é possível utilizar somente a amostragem de solo (bem feita) como metodologia de investigação da saturação do LNAPL. O maior problema, para Teramoto e colaboradores, é o custo das análises químicas, mas, ainda que essas sejam mais caras (precisaríamos fazer as contas), a grande disponibilidade de ferramentas de amostragem de solo adequadas no Brasil (Dual Tube, Piston Sampler) é muito maior que a disponibilidade do UVOST e do OIP somadas. Ou seja, esse é mais artigo escrito por cientistas renomados que comprova que a amostragem de solo pode (e deve) ser utilizada como ferramenta principal de investigação de áreas contaminadas por LNAPL.

Qual seria a minha abordagem para um trabalho desses? Se fosse uma área muito extensa, que não temos conhecimento de onde podem ser as fontes, eu faria uma grande malha de ensaios UVOST (ou, na ausência desse, OIP), e refinaria a investigação com amostragens de solo bem feitas. Em áreas menores e/ou com fontes conhecidas e/ou com poucas fontes suspeitas, eu faria diretamente uma boa amostragem de solo com avaliação em campo + muitas análises em laboratório. A avaliação em campo eu faria com PID + aquecimento (chamo de VVVAC, vou explicar melhor isso em uma ocasião futura) se houvesse a possibilidade de ter fração volátil, e com a caixa de luz UV-A. Adicionalmente poderíamos utilizar os “shake tests”.

Isso significa que eu condeno o OIP e o UVOST? De modo algum, são ferramentas excelentes, muito úteis e devem ser usadas quando disponíveis. São modernas e de eficácia comprovada cientificamente. Eu proponho uma abordagem diferente que não precisa necessariamente delas, mas o princípio continua o mesmo: o LNAPL deve ser investigado considerando que boa parte da sua massa fica armazenada (trapeada) e que a saturação desse LNAPL é a variável chave para o desenvolvimento do modelo conceitual e para a reabilitação da área contaminada.

O que não deve ser feito é basear a investigação em poços de monitoramento (poção) e basear a métrica da remediação em espessura de fase livre no poção e concentração de Benzeno em fase dissolvida também no poção. Nos dias de hoje, isso seria o equivalente a prescrever cloroquina para COVID, muita gente faz, mas não há respaldo na ciência (e ainda há possíveis efeitos colaterais).

Outro tema que eu gostaria muito de comentar é minha releitura do clássico Primavera Silenciosa, da bióloga Rachel Carson, escrito no início dos anos 60, publicado em 1962. É um livro obrigatório para todos os ambientalistas. E mesmo para quem não é ambientalista, mas trabalha com GAC, é um livro excelente e mostra como o entendimento da sociedade foi sendo moldado e modificado para um certo padrão que temos hoje e que desembocou no estudo das áreas contaminadas.

Todos os críticos são unânimes em reconhecer o papel desse livro como divisor de águas no uso de pesticidas (biocidas, para a autora) que culminou na proibição do uso do DDT em 1972. Foi a base para o crescimento e desenvolvimento da agricultura orgânica, da macrobiótica, permacultura, agroecologia, e outros movimentos que relacionam Meio Ambiente e produção de alimentos.

Algumas curiosidades interessantes: a autora escreveu de início como R. Carson, para disfarçar o fato dela ser uma mulher, devido ao machismo da época (vejam que 60 anos depois não evoluímos tanto assim) e o nome do livro é devido à ausência do canto dos pássaros nas primaveras. Pássaros que morreram pela bioacumulação do DDT, que era aplicado nas lavouras, contaminava os insetos e os pequenos animais e acabava se bioacumulando nos topos das cadeias tróficas, acabando com os pássaros e peixes da região, tornando as primaveras silenciosas e tristes.

É um livro muito bem escrito, além da questão ambiental, realmente Carson tinha um talento incrível. Infelizmente pouco depois da publicação (em 1964), ela faleceu de câncer, mas seu trabalho foi levado a frente e rendeu muitos frutos, um deles, é o nosso GAC.

Prometo falar mais sobre esse livro nas próximas semanas, mas, por enquanto, vejam essas referências:

- Vídeo curto que explica a essência do livro: https://www.youtube.com/watch?v=GLbW0UGxvEQ

- Explicação básica sobre o livro e a autora: http://revistaecologico.com.br/revista/edicoes-anteriores/edicao-119/a-primavera-silenciosa-de-rachel-carson/

- Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Silent_Spring

- Autora (história muito legal, vale muito a pena ver um pouco do trabalho dela aqui): https://pt.wikipedia.org/wiki/Rachel_Carson

 

Vamos agora às notícias da semana:

- Muitas vagas de emprego foram abertas e divulgadas nessa última semana. Eu sempre repasso imediatamente as que vejo ou recebo no grupo do Telegram: Geointegra (Coordenador de Projetos), Ecostation (Analista), Arcadis (ver no Linkedin), ERM (ver no Linkedin, parece que são muitas vagas), Reconditec (Comercial), Cetrel (Técnico de Manutenção), A2J (Coordenador, Analistas Sênior para Investigação e para Remediação e Desenhista), e outras. É um momento bom para quem trabalha na área e tem alguma experiência. Boa sorte a todas e todos.

A vaga da Geointegra está aqui: https://www.instagram.com/p/CJ8WezAHnio/?igshid=lf08ri52s38g

A da A2J aqui: https://www.instagram.com/p/CKD99gLAWdM/?igshid=q2zmhx9u7y50

 

- Um acontecimento extremamente relevante para o mercado de áreas contaminadas: o MMA publicou em seu site o Plano de Recuperação de Áreas Contaminadas, com um diagnóstico da situação no Brasil e com um ousado plano de ação para os próximos 2 anos, que inclui a criação de um banco de dados unificado (já em andamento, um grupo coordenado pelo Rodrigo Cunha), um programa de capacitação para técnicos dos órgãos ambientais (já com a 1ª edição do curso realizada pela parceria SENAC/AESAS e com a 2ª e 3ª edições já programadas coordenadas também pelo Rodrigo Cunha), um programa para levantar as áreas contaminadas mais críticas do Brasil, o estabelecimento de um fundo para a investigação e remediação de áreas contaminadas prioritárias no Brasil todo, entre outras. A AESAS faz parte do convênio, o que é muito importante para todo o mercado de GAC. Torcemos para que isso avance e trabalharemos para que o programa tenha sucesso e continuidade. Vejam no site do MMA e baixem o pdf para ver alguns detalhes interessantes do programa. Vale a pena, garanto https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/agendaambientalurbana/recuperacaodeareascontaminadas

 

- Documento crucial para quem trabalha com intrusão de vapor (todo mundo do GAC): o ITRC publicou essa semana a revisão ou o complemento do seu documento sobre esse assunto. É um documento fácil de acessar e de consultar e com certeza vai ajudar muito nos trabalhos do dia a dia de mitigação da intrusão de vapor. Obrigado pela dica, Cristina Maluf!!!! Acessem, leiam, salvem o link!!! https://vim-1.itrcweb.org/

 

- Artigo da Harvard Business, dica de Átila Pessoa, sobre evitar trabalhos de pouco valor (não na perspectiva “capitalista” da coisa, mas na de valor real): https://hbr-org.cdn.ampproject.org/c/s/hbr.org/amp/2016/06/stop-doing-low-value-work

 

- Notícia absurda aqui da cidade de Sorocaba: uma creche e um hospital sob risco de explosão “só” porque foram construídos em cima de antigo aterro e o monitoramento (que há tempos não é feito com a periodicidade devida) apontou 100% de LEL, entre outros riscos absurdos, totalmente inadmissíveis. Equipamentos de extração estão sem manutenção, outros quebrados, não há contrato com nenhuma empresa, não há acompanhamento. Tá fácil? http://jornalipanema.com.br/n/?url=noticia%2Frisco-de-explosao-interdita-creche-e-ubs-em-sorocaba&fbclid=IwAR2wKLAo-M_amaSqp9rmpsIj-OZhjarsmRkvGv2VicDZva26j4tsTDKLo54

 

- Breve lista de dicas e eventos internacionais da Clu-In: https://clu-in.org/products/tins/

 

- Essa é uma notícia que a gente já sabe que vem sendo desenhada há um bom tempo e que tem muitos fatores envolvidos: a lógica do capital, de fazer o que é mais lucrativo, independente da demissão de 5 mil trabalhadores; a inoperância do poder público ao dar 69 Bilhões de dólares de subsídios em 20 anos sem a garantia de contrapartidas sociais (poderiam ser gastos no desenvolvimento do parque industrial nacional, por exemplo); a questão econômica (predominante) e ambiental (acessória) que está mudando a matriz energética dos combustíveis fósseis para carros elétricos/híbridos; o suposto excesso de custos no Brasil (logísticos, burocráticos, trabalhistas, tributários – embora esses dois últimos sejam discutíveis, pois na Europa e na Argentina a Ford continua e houve um privilégio de renúncia fiscal gigante nos últimos 20 anos); e a redução drástica do mercado interno decorrente da perda de poder de compra das famílias nos últimos 5 anos. Enfim, o fato é que a Ford está deixando o Brasil. Há certamente impacto no nosso mercado, pois tanto a Ford quanto seus fornecedores diretos e indiretos eram clientes ativos ou potenciais de toda a cadeia do GAC. Vamos ver nos próximos meses o que acontece. https://www.uol.com.br/carros/noticias/redacao/2021/01/11/ford-anuncia-fim-da-producao-de-veiculos-no-brasil-ao-fechar-3-fabricas.htm

 

- Dica muito legal da Joyce Cruz: um vídeo curto, usando Lego, que fala sobre a formação de rochas sedimentares: https://www.youtube.com/watch?v=IpgeDFaJSAo&feature=emb_logo

 

- Você sabe o que é liquefação do solo? Esse vídeo, dica de Marcio Leão, é muito legal e mostra, no laboratório, o que acontece quando o solo se liquefaz. Dá um certo medo: https://www.linkedin.com/posts/marcio-le%C3%A3o-ge%C3%B3logo_exemplo-de-liquefa%C3%A7%C3%A3o-de-uma-amostra-de-solo-activity-6754699775515467776--Zfl/

 

- Sempre interessante ver os modelos 3D e as animações. É muito bonito realmente. Mas eu sempre penso na geração dos dados para construir esse modelo. Tem que ser muito bem feita, senão, vira só um cartoon. O que acham desse? https://www.linkedin.com/posts/jim-depa-17bb9424_terracon-3d-environmentalcompliance-activity-6754774633817391104-8RR0/

 

- O SERDP-ESTCP premiou como “Projeto do Ano”, o Dr Craig Divine, da Arcadis/US pelo seu projeto de remediação de plumas grandes em geologias complexas utilizando poços horizontais com mídias reativas. Parabéns ao Dr Divine. O projeto está aqui: https://www.serdp-estcp.org/News-and-Events/Blog/Demonstration-and-Validation-of-the-Horizontal-Reactive-Media-Treatment-Well-HRX-Well-for-Managing-Contaminant-Plumes-in-Complex-Geological-Environment

 

- Juliana Sayuri escreve um texto interessante, o “Diário de um Dekassegui”, falando de coisas que acontecem no Japão hoje em dia. Particularmente significativo para os descendentes de japoneses e, de certa forma, angustiante. Um outro olhar para o “gambatê”: https://twitter.com/JulianaSayuri11/status/1349095963286138880?s=08

 

- Dados de 2019 mostravam que mais de 53 milhões de brasileiros eram, em alguma medida “empreendedores”. Poderia ser uma notícia boa, exceto pelo fato que 90% são empreendedores por falta de emprego, 50% ganham menos de R$ 1000,00 (isso mesmo, mil reais) e 72% ganham menos de 3 salários mínimos. Imaginem o que está acontecendo em 2021-21, no cenário de pandemia: https://revistapegn.globo.com/amp/Noticias/noticia/2020/06/brasil-deve-atingir-marca-historica-de-empreendedorismo-em-2020.html?__twitter_impression=true

 

- Notícia curiosa: a cobra arbórea marrom, da ilha de Guam, foi responsável por dizimar 90% da população de pássaros ao comer os ovos e os filhotes desses pássaros (obviamente ela é uma espécie invasora). Mas como elas conseguem? Pesquisadores descobriram uma nova forma de movimentação delas: elas fazem um laço com o corpo e sobem nas árvores. Impressionante. Diz o ditado que “Deus não dá asas para cobras”, mas está bem perto disso: https://twitter.com/luizacaires3/status/1349492485337264129?s=08

 

- Artigo muito interessante do renomado economista da UNICAMP Marcio Pochman, falando sobre os problemas econômicos do neoextrativismo. Mas podemos tranquilamente extrapolar esses problemas para a esfera ambiental. Seria o neoextrativismo a principal causa da crise ambiental no Brasil e na América Latina? https://terapiapolitica.com.br/2021/01/10/neoextrativismo-e-concentracao-de-terras/

 

- Um dos fatores de pressão ambiental é a monocultura de soja, responsável pela destruição de 30% do cerrado somente entre 2004-2017. Além disso, metade das florestas ainda de pé no mundo estão fragmentadas. Imaginem o que ocorreu entre 2017 e 2020!!! https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2021/01/13/monocultura-da-soja-destruiu-mais-de-30-do-cerrado-brasileiro-entre-2004-e-2017-alerta-wwf.htm

 

- Relatório do WWF de 2020 mostra que houve uma redução de 68% das espécies de animais entre 1970 e 2016!!!!!! A catástrofe ambiental vai além das mudanças climáticas;

 

- Falando em mudanças climáticas, o novo Governo Biden vai apertar o cerco nesse tema, em grande parte devido ao seu público eleitor democrata, que espera isso dele. Para os ambientalistas, é um alento após um governo centrado na negação das mudanças climáticas e no sucateamento da EPA. De todo modo, a questão ambiental será usada na diplomacia e nos acordos comerciais dos EUA com o resto do mundo com reflexos (ruins) para o Brasil. Texto no Uol fala sobre isso: https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2021/01/17/meio-ambiente-brasil-eua-governo-biden-bolsonaro.htm

 

- Notícia fantástica: Projeto de Lei prevê limite de concentração de estrogênio nas águas superficiais e de consumo humano (e, evoluindo, para as águas subterrâneas também, ou seja, mais uma SQI para estudarmos). Os disruptores endócrinos são contaminantes emergentes importantes e falta regulação sobre eles e estudos sobre seus efeitos no ambiente. Alguém pode dizer: “não temos como amostrar/analisar”, mas certamente havendo essa regulação, haverá a demanda pelo desenvolvimento de equipamentos e métodos e teremos um controle maior sobre esse e, quem sabe, outros fármacos no futuro. https://www.camara.leg.br/noticias/720295-projeto-determina-que-seja-estabelecido-limite-de-concentracao-de-estrogenio-em-redes-de-agua-e-esgoto/

 

- Falando em contaminantes emergentes, saiu um artigo na revista Environmental Toxicology and Chemistry sobre o estado da arte do transporte e receptores de PFAS. Dica de Marvin Unger: https://www.linkedin.com/posts/marvin-unger-0612704b_state-of-the-art-pfas-fate-transport-impact-ugcPost-6755511120154513409-_Tnq/

 

- Texto bem legal de Aylan Meneghine, sobre o papel do Microbiologista no GAC. Vale a pena aleitura. https://www.linkedin.com/posts/aylan-kener-meneghine-898952bb_microbiologia-meioambiente-gac-ugcPost-6755868991698419712-AI84/

 

- Belo vídeo, uma keynote speech do Professor Giorgos Kallis, da Universidade de Barcelona sobre Decrescimento e Injustiça Ambiental. Excelente: https://www.youtube.com/watch?v=aG7o1tNSV5c&feature=youtu.be

 

- Dica legal do Atila Pessoa. O professor Luis Alvarez, ganhador do prêmio Nobel de Física foi um dos autores da teoria da extinção dos dinossauros pela colisão de um asteróide. Vejam fotos da expedição que lhe ajudou a ter esse insight: https://www.linkedin.com/posts/nobelprize_luis-alvarez-received-the-1968-nobel-prize-activity-6756140184363921408-J0Wh/

 

- Leandro Thomaz, geólogo com doutorado, tem um trabalho genial, ele botou em prática algo que eu gostaria de fazer: escreveu/criou junto com Mayra Correia uma série de livros para crianças, entre eles: Colorindo a Semana de 22 e Meu Amigo Darwin. Leiam o post e nele tem o link para eventuais aquisições via Catarse: https://www.linkedin.com/posts/leandrovasconcelosthomaz_cem-livros-colorindo-a-semana-de-22-ser%C3%A3o-activity-6755805853263179776-9In-/

 

Amigas e amigos, muito obrigado pela leitura. No Canal do Youtube (youtube.com/c/ecdtraining) estamos com 574 inscritos!!!! No Telegram (https://t.me/areascontaminadas ) temos 215 inscritos e no Instagram já temos 428 Seguidores e aumentando(@ecdambiental). Espero que estejamos conseguindo ajudar bastante gente!!!!

 

Por hoje é isso. Aguardo os comentários, sugestões e críticas. Mais uma vez peço que acessem o https://apoia.se/ecdambiental para vocês conhecerem melhor a nossa campanha e, se puderem, contribuírem conosco. Se tiverem dúvida, estou à disposição.

 

 

Se alguém não quiser mais receber as minhas mensagens, é só responder esse e-mail com o texto REMOVER

 

 

Marcos Tanaka Riyis

ECD Ambiental

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