Newsletter ECD #033 - Publicada em em 24/01/2021

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Olá a todas e todos

 

Muito obrigado por se inscreverem, lerem e acompanharem a nossa newsletter semanal. Essa é a #033

 

Se quiserem passar para os amigos, o link para preenchimento do formulário de inscrição é: https://forms.gle/bQLz561Y2kqUfnhdA. As Newsletters anteriores estão no site da ECD (www.ecdambiental.com.br).

 

Essa semana tivemos 25 novos inscritos aqui!!!! Somos em 235 agora!!!!! Sejam bem-vindos: Ariane, Daniela, Bruno, Ana Júlia, Thiago, Carolina, Vivian, Leandro, Tatiana, Lorena, Rodrigo, Ligia, Vinicius, Gabriela, Victor, Gustavo, Breno, Angelica, Mariana, Luiz, Tatiane, Ken, Rodrigo, Aluisio, Tamyhe!!!!

 

Como vocês já sabem, temos uma campanha no Apoia.Se para mantermos os nossos canais de divulgação científica gratuitos sobre Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC), ciências, meio ambiente e a vida em geral, com dicas, novidades, comentários, e muito mais, semanalmente nessa Newsletter e no Podcast e também no Facebook, Instagram, Telegram e Youtube. A campanha, para quem quiser contribuir está no site http://apoia.se/ecdambiental

 

Essa semana, houve a adesão de mais dois apoiadores, o Bruno Bezerra e a Tamara Quinteiro. Agradeço demais aos 30 apoiadores atuais: Allan Umberto, Atila Pessoa, Bruno Bezerra, Calvin Iost, Cristina Maluf, Denise Oliveira, Diego Silva, Fabiano Rodrigues, Felipe Nareta, Filipe Ferreira, Heraldo Giacheti, João Paulo Dantas, Juliana Mantovani, Larissa Galdeano, Larissa Macedo, Leandro Freitas, Leandro Oliveira, Lilian Puerta, Luana Fernandes, Luciana Vaz, Roberto Costa, Rodrigo Alves, Sergio Rocha, Tamara Quinteiro, Tatiana Sitolini, Wagner Rodrigo, Willem Takiya, e mais 3 apoiadores anônimos. Muito obrigado a vocês, que são os principais responsáveis pela manutenção dos nossos canais de divulgação.

 

O terceiro episódio da 2ª temporada do Podcast Áreas Contaminadas (#039) foi ao ar na última quinta, e nele a minha ideia era responder perguntas dos ouvintes. Mas a pergunta era tão complexa e enveredava por tantos assuntos que acabei respondendo outras dúvidas relacionadas enquanto desenvolvia a resposta para essa, que foi: Como eu devo investigar uma área contaminada por LNAPL se nós sabemos que o pancake model não existe, portanto, que o “Poção” (poço de monitoramento de 3m de seção filtrante não afogado) não deve ser usado? (Veja o vídeo do Poção aqui: https://www.youtube.com/watch?v=MSlchC1ayEY&list=PLs7djYoA_FiSZMeWUuPmOAAOSoM3tVZ3h&index=1&t=17s )

Desenvolvi a resposta puxando o episódio anterior (#038), com Guilherme Varela e fiz alguns acréscimos à abordagem proposta por ele. Também desenvolvo o que eu penso sobre utilizar somente a amostragem de solo e acessórios como ferramenta de varredura vertical em alta resolução. Basicamente eu tento dizer que é possível fazer uma excelente investigação sem usar ferramentas de aquisição de dados em tempo real, como OIP, UVOST e MIP. Spoiler: “Amostrai o Solo!!!”

Falo também do funcionamento dos nossos canais e comento um pouco sobre o maravilhoso livro "Primavera Silenciosa" da Rachel Carson.

Vou falar um pouco mais sobre a minha resposta aqui na Newsletter, mas ouçam o episódio na íntegra

 

Episódio no Youtube: https://youtu.be/uQCfZB1zA3A

Episódio no Spotify: https://open.spotify.com/episode/0m20fj6vltu1cP0RP8B9mk?si=lZfcm-ysSmigw9nMKJxy2w

 

Link para a minha tese, citada no episódio: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/191563

 

Link para a parte 3 do documentário sobre o Dia da Terra, citado no episódio quando falo do Primavera Silenciosa. É um vídeo curto, que traz imagens muito interessantes e absurdas de pulverizações de biocidas em muitos lugares: plantações, nas ruas, em uma festa de família, em uma mesa de refeições de crianças. Realmente muito interessante, vale a pena ver: https://www.youtube.com/watch?v=GK-Xyc9Wo3Q

 

Semana que vem, o 40º episódio, que irá ao ar no dia 28/01, eu entrevistarei Leandro Gomes de Freitas, meu amigo de longa data, Engenheiro Ambiental da 1ª turma da UNESP de Sorocaba e Mestre Em Geociências e Meio Ambiente pela UNESP/Rio Claro, atualmente Pesquisador do IPT. Falamos sobre sua brilhante carreira acadêmica/profissional, sobre os perrengues e coisas boas de ser a 1ª turma de uma Universidade pública, vida no exterior, inovação, investigação e muito mais. Veja o perfil do Leandro no Linkedin:

https://www.linkedin.com/in/leandro-gomes-de-freitas-b3098221/

 

Essa semana tenho alguns assuntos diferentes para tratar com vocês, pegando como pano de fundo a pandemia.

Um deles é o tema de correlação sem relação de causa-efeito. A gente ouve e lê por aí muitos casos de pessoa que alega que foi curada ou que não pegou Covid por tomar algum remédio sem eficácia para o tratamento da doença, um vermífugo, um antibiótico, algo nessa linha. Eu, por exemplo, posso dizer que nunca peguei Covid porque todos os dias eu como uma bala de hortelã, portanto, bala de hortelã afasta o SARS-Cov2. Se mais de 90% das pessoas que têm algum sintoma leve de Covid acaba se curando, muitas explicações não científicas acabam ocorrendo. Isso é o que se chama de Relações espúrias, ou correlações espúrias ou spourious statistics. Servem bastante para divertir, alimentar lendas urbanas, mas não refletem a realidade (leiam um texto muito divertido sobre isso aqui: https://datascibr.com/2020/08/29/correlacoes-espurias/) . No caso do GAC, vocês conseguem ver muitas dessas relações espúrias? Todos os dias, devido à nossa falta de informação, falta de dados, somos levados a fazer relações espúrias entre os nossos poucos dados. Não há nada no solo; o fluxo vai para noroeste; a porosidade efetiva é 0,25; o meio é argiloso e homogêneo; a pluma chega até o poço PM-10; na área há 3 aquíferos (raso, intermediário, profundo); a remediação tem eficiência de 99%; não há risco à saúde humana; a pluma vem do vizinho, enfim, são muitas as decisões que tomamos que lembram muito as relações espúrias, por isso, pessoal, cuidado. No GAC e também no gerenciamento de riscos da Covid-19.

Ouro tema que relaciona Covid-19 e GAC é a métrica. Muitos tomadores de decisões, governantes, etc usam como métrica para restringir mais ou menos a circulação de pessoas, as atividades econômicas e lazer, as escolas o número de vagas em UTIs de Covid. Embora seja uma informação importante, está longe de ser a medida que avalia a força da pandemia, ou a aceleração da transmissão do vírus, ou a segurança da população. Imaginando uma situação limite, em que tivéssemos infinitas vagas em leitos de UTI, poderíamos decretar o fim da pandemia? Obviamente não, porque a transmissão do vírus ocorreria livremente e teríamos a morte de aproximadamente 1% da população mundial (2,1 Milhões no Brasil), a maioria idosos. Como ninguém aqui toparia abrir mão da vida de seus entes queridos mais idosos em nome de uma “abertura econômica”, que, cá entre nós, beneficia sempre o 1% da população mundial, tomar as decisões com base no número de leitos disponíveis é um grande erro. Transpondo para a nossa área, tomar decisões com base na concentração em poços de monitoramento de 3 metros de seção filtrante que conectam muitas camadas é também um erro muito grande. Seja de investigação, seja na avaliação do risco, na decisão de qual técnica de remediação utilizar, ou na avaliação do sucesso da remediação. Infelizmente, todos os dias, nós, do mercado de GAC tomamos decisões tão equivocadas quanto condicionar a liberação da economia com número de leitos disponíveis. Acho que o melhor exemplo é a fase livre no poço de monitoramento. Se há fase livre no poço é porque tem muito LNAPL que você não achou, porque ela está trapeada na zona saturada, ou porque não tem saturação suficiente para se mover até o poço, ou seja, é porque a situação está bem ruim, mas a ausência da fase livre não diz que a área não está contaminada. Se acabaram os leitos é porque há um grande colapso naquela localidade, mas a existência de leitos não diz que a pandemia está controlada

Por fim, estamos no pior momento da pandemia. Menos pessoas deveriam circular para que a transmissão comunitária do vírus diminua, ainda mais que estamos “na bica” para termos as vacinas. Mas, no nosso mercado, temos visto o aumento dos projetos, portanto um aumento muito grande na atividade do GAC. Embora uma grande parte dos trabalhos seja feito em escritório, portanto em home office, há um pessoal da linha de frente que faz os trabalhos de campo, que são, como já falei muitas vezes, a essência do GAC. Sondagem, acompanhamento de sondagem, amostragem de água, de ar, topografia, montagem e monitoramento de sistemas de remediação, etc. No início da pandemia, havia um grande cuidado com essas pessoas: carros individuais, EPIs apropriados, acompanhamento, e outros. Curiosamente agora, no pior momento, vejo e ouço várias pessoas em um mesmo carro, alojamentos ou hotéis com quartos coletivos, refeições em lugares não ideais, enfim, um risco grande para o trabalhador mais vulnerável da cadeia do GAC. Talvez seja o caso dos tomadores de decisão do nosso mercado olhar mais de perto e avaliar os riscos que essas pessoas estão sendo submetidas em nome dos projetos. Amigas e amigos, muita atenção e cuidado, com você e com os demais.

 

Temos falado bastante sobre LNAPL ultimamente, gostaria de relembrá-los que teremos, na parceria SENAC/AESAS um curso sobre esse tema, que vai falar muito da superação do pancake model e de como investigar, remediar e tomar as decisões de gerenciamento de uma área contaminada por LNAPL. Tenho a honra de coordenar esse curso que contará com os docentes super feras: Atila Pessoa, Cesar Malta-Oliveira, Leandro Gomes de Freitas, Marco Pede, Paulo Lima e Rodrigo Cunha. O curso será online, ao vivo e terá 40 horas, com 4 horas de aula por dia (sempre pela manhã) às segundas, quintas e sextas do mês de fevereiro. Inscrições e informações  no site: https://www.soldiambiental.com.br/so/46NRp49Nv?languageTag=en#/main

 

Como um complemento às duas últimas Newsletters e resgatando um pouco do último podcast, gostaria de explicar aqui um pouco mais detalhadamente o que eu proponho como varredura vertical nas amostragens de solo, como uma alternativa às ferramentas de aquisição de dados em tempo real (por exemplo, HPT, CPTu, MIP, OIP).

Como falei nas Newsletters anteriores, o pessoal da Geoprobe (artigo do Wes McCall e colaboradores, já comentado aqui) comparou o OIP com leitura do PID em campo feita diretamente no liner. E isso, segundo eles, deu certo, portanto, a gente já poderia fazer a mesma varredura com PID no liner que seria equivalente ao OIP de acordo com os próprios desenvolvedores do OIP. Como um detalhe, eles disseram que a varredura com o PID foi melhor que o OIP quando o LNAPL tinha uma fração volátil importante. Isso foi verificado com amostras encaminhadas ao laboratório.

Eu penso que a varredura com PID no liner pode apresentar muitos erros e nos induzir a decisões erradas: por exemplo, espaços vazios no liner tendem a dar falsos positivos, solo argiloso compacto tende a dar falsos negativos. Então, eu proponho, na minha tese, uma Varredura Vertical de VOCs com Aquecimento em Campo (VVVAC), que basicamente consiste em pegar uma alíquota de solo de 5-6 mL a cada 10 cm ou a cada 20 cm, depende do seu objetivo, colocar em um vial de 40 mL, e aquecê-las em banho maria a pelo menos 60º C por pelo menos 10 minutos e aí, medir com PID nesses vials.

Essa varredura é muito mais fiel às condições naturais e proporciona uma varredura excelente e tomadas de decisão muito mais assertivas. Particularmente para sites com LNAPL que tenham a possibilidade de conter muitos VOCs, isso seria muito eficiente como varredura vertical. E, obviamente, é muito barato, pois usa como material e ferramenta, vials e um aquecedor de banho maria, que a gente pode encontrar em qualquer supermercado.

Outra ferramenta de varredura em campo simples, barata, eficiente, e de fácil construção é a caixa preta de luz UV-A. A caixa cria um ambiente escuro que você pode colocar o liner e acionar uma lâmpada de luz UV-A, uma lâmpada de luz negra, mas com boa potência, no mínimo 25 W. Ao fazer isso, você aplica o mesmo princípio do OIP, só que em superfície e nas amostras coletadas no liner. Escrevi dois artigos sobre isso e digo que é uma metodologia muito boa e eficiente para fazer essa varredura vertical. (um dos artigos está aqui: https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/29362)

Resumindo, como varredura vertical, eu sugiro fazer a VVVAC, ou seja, o aquecimento em campo e medições com PID e depois disso, usar a caixa preta de luz UV-A. Ambas as metodologias se complementam. A VVVAC pega melhor os voláteis e a Caixa Preta pega melhor o produto LNAPL. E você ainda tem o solo para descrever, mandar amostras para o laboratório, etc.

Resumindo a minha proposta de abordagem para investigação de área contaminada por LNAPL, recomendo:

1. Conhecer as possíveis fontes (Preliminar ou Varredura horizontal);

2. Amostragem de Solo de Perfil Completo utilizando ferramentas adequadas (Dual Tube e Piston Sampler) incluindo a zona saturada – mínimo 5 metros abaixo do NA;

3. Com essas amostras nos liners, realizar primeiro a VVVAC para avaliar a distribuição dos voláteis;

4. Selecionar e preservar adequadamente amostras do liner para análise de VOC (nunca só uma por sondagem, é preciso ter uma avaliação do perfil vertical, especialmente se for realmente uma área fonte);

5. Realizar a varredura com a Caixa Preta de Luz UV-A;

6. Selecionar e preservar amostras em número adequado (pelo menos nas anomalias e em cada unidade hidroestratigráfica (UH)) e analisar para TPH (a modalidade do TPH pode variar de acordo com o contaminante, com o objetivo e com a fase da investigação), eventualmente analisar PAHs dependendo da fase e objetivo do estudo;

7. Selecionar e preservar amostras para análises de caracterização do LNAPL, se ele estiver presente;

8. Descrever minuciosamente o solo, identificando e delimitando as UHs;

9. Selecionar pelo menos 1 amostra por UH para determinação da granulometria;

10. Definidas as UHs, coletar amostras pontuais de água subterrânea nas UHs de fluzo para verificar aporte de SQIs nelas a partir do LNAPL. Usar screen point, poços pré-montados, etc. Eventualmente, poços convencionais de seção curta;

11. Em cada UH de interesse, instalar poços de monitoramento; OBS: se foi observada a presença de LNAPL, não desenvolver o poço;

12. Se houver LNAPL dentro do poço após a instalação, remover esse produto. Se não houver, ou após decorrido um tempo adequado dessa remoção (1-4 semanas), verificar se há LNAPL no poço. Se houver, realizar ensaio de recuperação (baildown test);

13. Usar esses poços somente para monitorar o LNAPL. Poços para monitoramento da fase dissolvida devem ter características próprias e serem instalados nas UHs de fluxo sob a influência do LNAPL;

 

Vamos agora às notícias da semana:

 

- Mais algumas vagas apareceram essa semana: Antea Group (Técnico em Saúde e Segurança), Arcadis (Analista), Essencis (Estagiário de Engenharia Ambiental), Elementus (Técnico Ambiental). As vagas que recebo são prioritariamente divulgadas no nosso Canal do Telegram (https://t.me/areascontaminadas)

 

- Notícia muito curiosa, tem um pouco a ver com o GAC, ainda mais no momento atual, em que estamos estudando LNAPL e consequentemente, lendo protocolos da API (American Petroleum Institute). A Total, petrolífera francesa, deixa a API, em decorrência da posição da entidade contrária ao acordo de Paris, consequentemente negando as mudanças climáticas. A reportagem chama a API de “Top U.S lobby”. BP, Shell e Equinor avaliam também deixarem a entidade. Um fundo de pensão norueguês, grande investidor, alega que “não há justificativa para permanecer em uma entidade que faz lobby contra o Acordo de Paris”. Não temos que ter a ingenuidade que a Total, de uma hora para outra, se tornou ambientalista e vai jogar pela janela os seus lucros, mas está ocorrendo um movimento de investidores europeus para pressionar as empresas “investidas” em mudar a matriz energética de óleo e gás, ou seja, o desgaste da imagem decorrente dos problemas ambientais cada vez maior e mais claramente associados aos combustíveis fósseis suplanta os lucros estimados. Para a nossa área, há impacto decorrente da queda de produção científica da API, mas também coloca uma pulga atrás da orelha: os interesses da indústria do petróleo poderiam estar acima da ciência na publicação dos excelentes estudos deles? https://www.reuters.com/article/us-total-api/total-quits-top-us-oil-lobby-in-climate-split-idUSKBN29K1LM

 

- Uma reportagem mais “humana” que técnica relembra os 2 anos da tragédia de Brumadinho. O dia a dia por vezes nos faz esquecer, mas não podemos, primeiro por motivos humanos, pessoais, para não perdermos a indignação e de alguma forma apoiar as famílias. Segundo por motivos profissionais, pois houve falhas técnicas e responsáveis técnicos foram responsabilizados (a despeito de terem servido de “bode expiatório”, eles tinham a responsabilidade deles) por questões corriqueiras que vemos no nosso cotidiano (o cliente não quer pagar; precisa mesmo de tudo isso?; se eu não fizer eu perco o contrato; entre outras coisas) e terceiro porque nos faz lembrar sempre como funciona o sistema onde o lucro, a “economia” se sobrepõe ao bem estar, às pessoas, ao meio ambiente. Os responsáveis continuam produzindo e lucrando, as medidas de segurança em locais semelhantes não são efetivamente implantadas, o poder público, em nome do “desenvolvimento”, estimula uma “recuperação sustentável” muitas vezes tomando o lado da responsável, a população local depende economicamente dos responsáveis e faz vistas grossas, o mercado demanda pela produção do minério, então essa produção não pode parar. Algo semelhante pode ser sentido na área de GAC também: a produção, o viés econômico sempre se sobrepõe às soluções mais corretas do ponto de vista técnico-ambiental. Por isso, não podemos esquecer da tragédia.  https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2021/01/nos-estamos-a-procura-como-no-dia-que-a-barragem-rompeu-diz-irma-de-vitima-em-brumadinho.shtml

 

- Agenda de cursos do ITRC no Clu-In. Online, gratuitos, imperdíveis: Um deles, sobre LNAPL, dividido em 3 partes, a serem ministrados nos dias 11 e 18/02 e 09/03

https://clu-in.org/live/#Connecting_the_Science_to_Managing_LNAPL_Sites_a_3_Part_Series_-_Part_1_20210211

 

- Outro, muito importante, sobre metodologias de otimização de injeção para remediação: https://clu-in.org/live/#Optimizing_Injection_Strategies_and_In_situ_Remediation_Performance_20210216

 

- No Linkedin, Huug Eijkelkamp mostra o lançamento de um equipamento fantástico. Gostaria muito de usar um desses em alguma investigação!!!! Um equipamento de CPTu com uma câmera de alta resolução e uma luz branca que permite observar o solo durante a condução do ensaio. Se ele colocar uma lâmpada UV ficaria ainda melhor!!! https://www.linkedin.com/posts/huug-eijkelkamp-00995a28_royaleijkelkamp-eijkelkampsonicsampdrill-activity-6758406942248456192-I0VW/

 

- Dica muito legal e muito valiosa para quem tem uma pequena empresa, uma pequena consultoria e precisa fazer a precificação dos trabalhos. Um vídeo da Denise Oliveira, no Canal Oliveira Lima Ambiental. Bem interessante: https://www.youtube.com/watch?v=kj1JCA_BwlM&feature=youtu.be

 

- O professor Francisco Rodrigues, da USP-São Carlos, publica muito material aberto, no Youtube, sobre Estatística, algoritmos, machine learning e outros. Agora ele nos brinda com um belo texto no Medium, sobre como ficar up-to-date na sua área de estudo com os artigos mais importantes. Leiam, é muito interessante: https://medium.com/@francisco.rodrigues.usp/como-acompanhar-o-que-est%C3%A1-sendo-publicado-na-sua-%C3%A1rea-de-pesquisa-4a8b91289819

 

- Uma das aulas do professor Francisco Rodrigues pode ser vista nesse vídeo, sobre o método de Monte Carlo. Muito utilizado na modelagem e está por trás da Avaliação de Risco à Saúde Humana. https://www.youtube.com/watch?v=rNOe62Z3zZg

 

- Jim Deppa, no Linkedin, mostra mais um belíssimo modelo 3D elaborado a partir de uma investigação usando equipamentos de aquisição de dados em tempo real: https://www.linkedin.com/posts/jim-depa-17bb9424_terracon-innovate-3d-activity-6757332976322838528-zTyC/

 

- Fórum online sobre Remediação Sustentável promovido pelo SURF (Sustainable Remediation Forum) em fevereiro/2021, com inscrições gratuitas abertas. Muito legal para quem se interessa pelo tema: https://www.sustainableremediation.org/news/2021/1/21/surf-webinar-ricker-plume-analytics-tools-for-achieving-sustainable-remediation-objectives

 

- Um pouco de fofura para divertir vocês: uma sequência de fotos de animais se intrometendo em fotografias da vida selvagem: https://twitter.com/JoaquimCampa/status/1350843546471952387?s=08

 

- Mais um argumento ambiental para os vegetarianos e/ou veganos. Há uma inequívoca correspondência entre suinocultura e/ou frigoríficos e transmissão da Covid-19 nos EUA. De acordo com a reportagem, isso decorre da metodologia de produção animal, a monocultura, os maus tratos, a mercantilização da produção pecuária, entre outros. Já há um forte burburinho no meio acadêmico relacionando o aparecimento de pandemias e a monocultura. Li trechos de um livro chamado Pandemia e Agronegócio, de Rob Wallace, que recomendo bastante, mas há muitos estudos pós-Covid nesse tema, é bom ficarmos atentos. Na minha entrevista que gravei com o Leandro e vai ao ar essa semana, falamos um pouco sobre uma alternativa mais sustentável para a produção de alimentos, a Permacultura. A reportagem está no link: https://diplomatique.org.br/pan-demonio-e-sars-cov-2/

 

- Outra notícia ambiental absurda. Pablo Escobar, traficante colombiano, assassinado em 1993, mantinha um zoológico em sua casa. Aí começa o absurdo. Entre os animais, ele tinha 12 hipopótamos (absurdo). Com o assassinato dele, o zoológico foi desmontado, vários animais transferidos de lá, mas os 12 hipopótamos ficaram e foram soltos (outro absurdo) porque era difícil transportá-los. Pronto, está feito o desastre ecológico. https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2021/01/18/caos-ecologico-hipopotamos-de-pablo-escobar-alertam-cientistas-na-colombia.htm

 

- Reportagem absurda (mais uma) mostrando as dívidas enormes de algumas mineradoras com o Estado Brasileiro. Os débitos são decorrentes da Previdência, multas por transporte irregular de substâncias tóxicas, direitos trabalhistas e outras dívidas tributárias.  https://apublica.org/2021/01/conheca-as-mineradoras-mais-caloteiras-do-brasil/

 

- Um artigo interessante que questiona: os índices de PFAS  nos frutos do mar estão elevados por conta da bioacumulação ambiental ou são potencializados pelos métodos de preparo dos alimentos? https://www.rpsgroup.com/insights/is-cooking-the-answer-to-pfas-contamination/

 

- Dica muito legal da minha amiga Luana Cardoso no Linkedin: um vídeo curtinho que fala que os plásticos biodegradáveis não são tão “sustentáveis” assim. O problema, de acordo com o vídeo, é óbvio: é o consumo excessivo. Precisamos de um decrescimento? De um Bem Viver? https://www.linkedin.com/posts/luana-cardoso-09611bb0_tecnologia-engenheiros-sustentabilidade-activity-6757671138115039232-YM0l/

 

- Sugestão de 12 livros sobre Sustentabilidade, da Yale Climate Conections: https://yaleclimateconnections.org/2021/01/12-new-books-explore-fresh-approaches-to-act-on-climate-change/

 

- O ano de 2021 terá o menor orçamento do século para o Meio Ambiente no Brasil, uma queda de 27,4% em relação ao ano de 2020 (que foi o 2º recorde). O MMA terá 1,72 Bilhões de reais para todas as despesas em 2021. http://www.observatoriodoclima.eco.br/orcamento-meio-ambiente-e-o-menor-em-21-anos/

 

- Durante as guerras do Vietnan, primeiro contra a França, depois contra os EUA, foi utilizado, pelas forças invasoras, de um agrotóxico poderoso, um desfolhante chamado Agente Laranja, muito eficiente para derrubar as folhas das árvores e com isso facilitar a localização dos guerrilheiros vietcongues em terra. Passados quase 60 anos, as multinacionais que produziram o Agente Laranja foram condenadas em tribunal francês por “Ecocídio”, termo que está em alta no momento. É um marco na defesa do meio ambiente. https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/rfi/2021/01/22/multinacionais-que-produziram-agente-laranja-usado-na-guerra-do-vietna-podem-ser-condenadas-por-ecocidio.htm

 

Amigas e amigos, muito obrigado pela leitura. No Canal do Youtube (youtube.com/c/ecdtraining) estamos com 583 inscritos!!!! No Telegram (https://t.me/areascontaminadas ) temos 219 inscritos e no Instagram já temos 440 Seguidores (@ecdambiental). Espero que estejamos conseguindo ajudar bastante gente!!!!

 

Por hoje é isso. Aguardo os comentários, sugestões e críticas. Mais uma vez peço que acessem o https://apoia.se/ecdambiental para vocês conhecerem melhor a nossa campanha e, se puderem, contribuírem conosco. Se tiverem dúvida, estou à disposição.

  

Se alguém não quiser mais receber as minhas mensagens, é só responder esse e-mail com o texto REMOVER

  

Marcos Tanaka Riyis

ECD Ambiental

https://linktr.ee/ecdtraining

http://youtube.com/c/ecdtraining





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